O Elizandro diz que ele não é um marceneiro. Mas um artesão, um designer artesão, como ele denomina o seu ateliê. Ele nasceu e cresceu no interior do Ceará, onde, diz, adquiriu a vivência que dá alma afetiva em tudo o que produz. Mas não carrega na sua história, aquela coisa do legado que passsa de avô-para-pai-para filho.
Elizandro é autodidata.
Tudo começou quando, em São Paulo, precisou fazer uma mesa para a sua casa. Comprou uma serra tico-tico, uma lixadeira, uma parafusadeira. E foi para os livros, para os vídeos, para os manuais. Diz que achou fácil fazer o móvel e resolveu ir além. Uma estante, talvez?
Dali em diante não parou mais. Mergulhou nas referências, deixou o talento fluir. Coisa linda. Assim como o trabalho impecável que ele faz em peças absolutamente bem pensadas e trabalhadas como joias em madeira.
A boleira Fátima (com o nome de uma tia que fazia bolos maravilhosos) e a espátula Gota (vendidas juntas ou separadas) são apenas algumas delas, que não ficam apenas na cozinha, mas espalham-se pela casa toda. Vale muito a pena ver mais do trabalho do Elizandro.
