Nós provamos a mais nova criação da Maré Chocolate e aqui vai o veredito: o chocolate 70% com canela é delicioso, especialmente nesta época de dias mais frio. A receita foi desenvolvida com a ajuda da nutricionista Fabi Sabatini, famosa por fazer milagres do nosso corpo. Quer acelerar o seu metabolismo? Ele é ótimo para isso. Não se importa com isso? Tudo bem, envolva-se apenas com o sabor especialíssimo deste casamento tão bem-sucedido.
A história da Maré, alias, também é uma delicia.
Tudo começa no sul da Bahia, entre as espécies nativas de áreas preservadas da Mata Atlântica no sistema conhecido como “cabruca”, cultivo agroflorestal sustentável de cacau que preserva a biodiversidade, renda e a cultura secular das comunidades. É de lá que embarcam para o Rio de Janeiro as amêndoas fermentadas e secas, de qualidade máxima.
» A fondue perfeita! O prato suíço é destaque na nova edição da Revista Sabor.club
A mágica então acontece quando elas chegam a uma pequena fábrica no bairro suburbano de Bonsucesso, que mantém a pegada da slow food ao trocar a tecnologia de ponta pela expertise da torra em baixa temperatura e dos moinhos de pedra. As barras de textura sedosa que tiram a gente do sério são feitas com apenas três ingredientes: cacau, manteiga de cacau e um adoçante que pode ser açúcar de coco ou, sim, maçã, na pesquisa contínua de produtos saudáveis.
“Cada lote de amêndoas é analisado na Bahia pelo Centro de Inovação do Cacau, que faz um laudo de qualidade, garante o selo de Indicação Geográfica e cria um QR Code que nos permite rastrear e conhecer o local de origem e todas as informações técnicas do produto”, conta Roberto Maciel.
O empresário deixou o mercado financeiro afim de trabalhar com “algo que proporcionasse o bem-estar do planeta”, descobriu o cultivo de cacau na floresta e hoje está à frente da Maré Chocolate.
Barras como as de chocolate 65% cacau com sal do Himalaia, ou de 72% adoçado com maçã, ou 81% com açúcar de coco, e o 72% com adição de cumaru, são feitas após um processo de moagem que dura três dias em moinho de pedras com giro lento. A temperatura não ultrapassa os 41°C, aceita, diga-se, pelas normas da alimentação viva para o processamento de alimentos consumidos crus.
De acordo com o Roberto, a textura macia resultante é diferente daquela de outros produtos do gênero. E a busca de sabores expressivos tem na torra lenta outro diferencial.
“Pagamos um valor alto pelo cacau orgânico e de alto nível, e ainda selecionamos as amêndoas que vão para a torra, um processo que fazemos também em baixa temperatura para acentuar os sabores naturais do cacau.
O chocolate pode ser intenso e sem amargor, se processado de forma adequada. Só de colocar as amêndoas no sol, no painel do carro, já sentimos os aromas maravilhosos”.