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O segredo do lendário fettuccine Alfredo

Direto do restaurante das celebridades, na Itália

As paredes do Il Vero Alfredo, na Piazza Augusto Imperatore, 30, em Roma, estão repletas de fotos de personalidades. Lá estão o presidente John F. Kennedy, Pelé, uma constelação de astros e estrelas de Hollywood e por aí vai. Sempre ao lado do Alfredo I, II ou III, todos na pose clássica na qual o anfitrião apresenta punhados de fettuccine (ainda cru) com aos mãos ao convidado.
Depois a massa vai para a panela e vira o famosíssimo Fettuccine all’ Alfredo, criado em 1908, para abrir o apetite de Inês, a mulher de Alfredo di Lelio, que se convalescia de um parto.

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O restaurante dele ficou internacionalmente famoso quando o casal de atores Mary Pickford e Douglas Fairbanks conheceram o prato, em 1927. Na época, deram ao autor da receita um par de garfo e colher em ouro maciço, agradecidos pela criação.

O que a faz tão famosa – e gostosa – é a maneira como a massa al dente incorpora o molho com manteiga e parmesão. O segredo é que a manteiga italiana, de altíssima qualidade, praticamente não tem água na sua composição e, por isso, ao ser misturada com o queijo e um tico de água com amido que cozinhou o macarrão, ganha a textura de um creme.

Por aqui, para fazer um legítimo Fettuccine all’ Alfredo, que este ano faz 110 anos, é preciso emulsionar a manteiga, em ponto de pomada, vigorosamente com o queijo (colocado aos poucos) e um pouquinho da água da massa para que ganhe tal cremosidade.

Pelo-amor-de-Deus, não use creme de leite. Ele, de fato, até pode ajudar a dar a consistência correta. Mas faria o velho Alfredo se revirar no túmulo.