Pergunte a um lisboeta qual é o restaurante mais descolado da cidade e a resposta será unânime: Ceia (silentliving.pt). Aqui, apenas 14 comensais por noite jantam em clima de festa, numa mesa compartilhada.
Não, não há qualquer esnobismo ou afetação. Tudo começa num coquetel no jardim e depois, não raro, os novos-amigos-da-vida-toda estão de pé, circulando pelo local e trocando de lugar. O motivo de tanta alegria é a comida do chef Pedro Pena Bastos, no estilo português revisitado, em quantos cursos o pessoal aguentar.
Devido a pandemia, o Ceia estava fechado até a finalização desta edição. Se ainda não abriu, abrirá em breve. Vale ficar de olho porque não é, naturalmente, fácil fazer reservas por aqui.
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Os queridinhos
Cervejaria Ramiro e Henrique Sá
Pessoa são indefectíveis da cidade
Quer comer peixe? Vamos para cervejaria! Oi? Sim, desde os anos 1950, a Cervejaria Ramiro serve os melhores pescados e, principalmente, os melhores frutos do mar de Lisboa. O lendário Anthony Bourdain adorava e falou tanto daqui que não raro há distribuição de senhas para a fila na porta. A espera, no entanto, vale cada segundo. No ambiente que não mudou desde a inauguração (imagine o charme!), os garçons atenciosos servem perceves, amêijoadas, lagosta que você escolhe num aquário. Tudo preparado à perfeição. Claro, serve-se cerveja, mas a carta de vinhos não é de se jogar fora.
Mais um destaque em Lisboa é o Alma (almalisboa.pt), do Henrique Sá Pessoa, um dos chef mais queridos de Portugal. É assim que ele fala da cozinha dele: “Uma mistura da tradição portuguesa influenciada pelas suas viagens pelo mundo, aliada a vida em Lisboa”. Olha, parece confuso mas fascinante. Não à toa, ele tem duas estrelas Michelin. Vir até aqui, afinal, é entender uma Portugal moderna e vibrante, literalmente, pela boca.
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