Era noite de Natal, em Acapulco, no México, em 1948, quando a socialite americana Margaret Sames, que adorava misturar bebidas, resolveu colocar tequila, licor de laranja, suco de limão e gelo na mesma coqueteleira. O drinque fez o maior sucesso na recepção que promovia. Mais tarde, de volta aos EUA, no aeroporto, encontrou uma bebida parecida com a que tinha criado. Nome do bar: Os drinques da Margarita (Margarida, nome próprio em espanhol). Pronto, batizou a bebida, que rapidamente se popularizou e ganhou inúmeras variações, desde o surgimento há 70 anos.
O craque Marcelo Serrano, agora fazendo consultoria para bares, acaba de criar mais uma, para a nova unidade do badalado Salve Jorge, no coração da Vila Madalena, o bairro dos bares na Paulicéia.
Leve, refrescante e sazonal (se usar fruta fresca), o Black Margarita ganha purê de mirtilo, a frutinha que foi adaptada para o Brasil e invade as gôndolas de dezembro a janeiro. “Ela é muito fácil de tomar. Ótima para dias quentes e para servir de aperitivo em eventos, antes de outras bebidas. Não embriaga, todo mundo gosta.”
Black Margarita
por Marcelo Serrano
(1 drinque)
INGREDIENTES
50 ml de tequila
20 ml de Cointreau
15 ml de suco de limão
10 ml de purê de mirtilo
PREPARO
Bata tudo na coqueteleira e sirva na taça previamente gelada
Decore com uma rodela de limão
Mão na roda
Xaropes, licores e purês são largamente usados por grandes mixologistas. Além de destilados e fermentados, a mixologia mundial usa frutas e açúcar para compor coquetéis. De olho nesse mercado, um francês astuto chamado Georges Monin começou a vender xaropes e licores, em 1912, na França. Feitos naturalmente, eles rapidamente caíram no gosto de quem quer incrementar receitas, especialmente líquidas.
O craque Marcelo Serrano é um deles. E usa o produto largamente, assim como inúmeros barman mundo a fora. O purê de mirtilo da marca, aliás, garante Black Margarita o ano todo.