Top 10

10 experiências para comer antes de morrer



1

Pintxos em San Sebastian, Espanha – A provocante culinária espanhola ao alcance dos dedos. Seja sobre uma fatia de pão ou não. É assim que podemos resumir o que são os pintxos com seus ingredientes incríveis e suas misturas  maravilhosas. A brincadeira aqui é sair umas 9 da noite (espanhóis são boêmios) e pular de bar em bar descobrindo pintxos e tomando vinho (ou sidra). O balneário catalão é o melhor lugar do mundo para fazer isso.




2

Curry em Kuala Lumpur, Malásia – Foi o Anthony Bourdain quem colocou o tour pelas barracas de comida nas proximidades da rua Petaling no mapa da gastronomia mundial. A gente pode comer ótimos curry planeta a fora, na Índia, por exemplo. Mas a experiência de verdade está aqui. Isso porque aqui há dezenas de ambulantes fazendo o mesmo curry laksa, cada um com uma assinatura distinta, lado a lado. E tome sabor! Talvez não exista comida mais saborosa do que uma tigela de com o caldo cremoso temperado com ingredientes como açafrão fresco, pimenta, nozes, leite de coco, pasta de camarão, amendoim e por aí vai. Dentro dele tem arroz ou macarrão e ainda porco, frango, crustáceos, ovo… e a lista não acaba. Tudo quente seja em temperatura, seja em tempero. Prepare-se para suar e para querer provar uma, duas, três (!) tigelas diferentes por dia.




3

Omakase, em Tóquio, Japão –  Se você puder ir ao Sukiyabashi Jiro ou ao Sushi Saito, fazendo reservas com décadas de antecedências, vá. Mas é possível se entregar para a experiência única de hospitalidade e comida (pelas do chef num inesquecível menu confiança), claro, em outros lugares menos concorridos como o Manten Sushi Marunouchi e Jūzō Sushi. O que importa aqui é mergulhar nessa atmosfera única e gastronomia idem, como não se vê em nenhum outro lugar do planeta. Para se ter uma ideia, grandes chefs como Ferran Adriá declaram amor eterno à quintessência da gastronomia oriental.

 

 

4

Brisket no Texas – Churrasco, o tal do american barbecue, é uma religião no Texas. E um dos ritos que fazem parte dela é ir até churrasqueiros lendários que fazem brisket, peio de boi envolto em hub único, feito durante horas no calor da fumaça de carvalho, num volume único durante o dia e que acaba antes das 11 da manhã. Sim, há quem fique três, quatros horas na fila para garantir o seu quinhão. Assim como acontece no Franklin Barbecue, em Lockhart, onde ele tem concorrentes que vale a pena descobrir também.   Bourdain disse que foi ali onde comeu melhor carne da vida, Obama furou fila para garantir o seu pedaço e o idiota do Kanye West foi tocado dali porque o lugar vende para quem ele quer – o que não foi o caso do radical republicano (lembre-se o Texas é um estado democrata). Para quem vai ficar na fila, um alento: ela é divertida, lugar para tomar cerveja e fazer amigo enquanto espera a sua vez.



5

Salada de mamão verde em Bangkok – Pense numa salada, mas não numa salada qualquer. Pense numa salada na qual há azedo, salgado, doce, picância. É crocante mas aveludada, macia e suculenta. Essa é a som tum, prato típico tailandês, que se vende aos montes da capital do país. Principalmente na rua, onde há quem faça em todo canto. A Jay Fai Bangkok tem mesinhas, quase como um boteco, e é disputadíssima. Motivo: é a única barraca do mundo com uma estrela Michelin.

 


6

Smørrebrød em Copenhague –  A gente fala em Noma, fala em René Redzepi, fala em gastronomia nórdica. Mas fala pouco do smørrebrød, joia original da gastronomia dinamarquesa. Ele o tal do sanduíche aberto feito para ser comido aos montes, começando por arenque em conserva, cabola e endro, depois pela rosbife, picles, cebola e raiz forte e, enfim, chegando ao queijo azul, maçã e bacon. Isso, para que os sabores não se sobreponham uns aos outros. O Schonnemann é o restaurante referência no sanduíche no planeta. E o faz com delicadeza que dá vontade de chorar, com coberturas inimagináveis. Para acompanhar, há mais 100 rótulos de schnapps e aquavit, as aguardentes repletas de sabores e segredos da Dinamarca.

 


7

Lagostins na Nova Zelândia – Christchurch é a capital da Ilha Sul da Nova Zelândia, de onde saem as incursões por um pedaço do planeta, acredite, ainda em formação, com paisagens e formações geológicas inacreditáveis. É no meio delas, no fundo do oceano, onde nasce e cresce o crayfish, tipo de lagostim que dá nome a cidade Kaikoura, algo como lugar de crayfish, em maori, a língua nativa dali. O bicho tem carne branca e um sabor único inigualável, fresca e adocicada. No Nin’s Bin, um trailer de frente para o mar repleto de cachalotes, ele é servido com molho de manteiga, alho e salsa. Não é preciso mais do que isso apaixonar-se pelo crustáceo. Hoje servido fora da época de defeso, que varia de ano para ano.

 


8

Bibimbap na Coréia – Bibimbap, o prato de arroz com pasta de pimenta e e pasta de soja com inúmeros ingredientes sobre ele é algo tão sério na Coréia que começa a ser apresentado para visitantes ainda a bordo das companhias aéreas locais. Chegando lá, descobre-se que há dois tipos: o jeonju, servido frio; e o dolsot servido bem quente numa tigela de barro. Ambos, diz a tradição local, são pratos feitos para alimentar o corpo, pensando e cada pedacinho dele. Pimenta para o coração, vegetais verdes para o fígado, gema de ovo para estômago, cogumelos para os rins, arroz para o pulmão. As receitas a partir deles são inimagináveis e não é necessário indicar um restaurante ou uma barraca de rua específicos para descobrir como, de fato, o bibimbap não toca apenas a matéria, mas a alma também.

 


9

Soup aux truffes, Paul Bocuse, Lyon – O Auberge du Pont de Collonges é casa onde Paul Bocuse, o maior chef do século 20, nasceu e morreu (no mesmo quarto, acredite). Foi lá também onde reinventou a culinária mundial, como um dos grandes nomes da nouvelle cousine. M. Paul se foi mas o lugar continua lá com as suas três estrelas Michelin desde sempre (o único restaurante do planeta com tal feito) e com o serviço e, claro, com uma gastronomia cuja palavra perfeição é pequena para definí-la. Seja qual for o prato que pedir em algum dos salões com ambientes distintos e personalidade bem marcante, o jantar deve começar com a icônica soupe aux truffes, receita criada para reis, rainhas, presidentes e presidentas. Ela vem na tigela “cabeça de leão” criada especialmente para ela e coberta por massa folhada, como se houvesse uma tarte sobre a louça. Ao furar a carcaça, o perfume que sai lá de dentro inebria não o comensal que vai tomar a sopa, mas a todos os outros que estão na mesma mesa. É algo incomparável, experiência que se vive uma vez para nunca mais esquecer.

 


10

Pizza em Nápoles, na Itália – Dentre todas as redondas, a napolitana é a mais idolatrada. E comê-la na sua cidade de origem, sim, tem um sabor especial. Isso porque ela é tratada religiosamente e feita, sem percalços, com a exuberância da massa leve, elásticas e fina como uma folha de papel. Ela vem tostada no ponto certo do tamanho de uma tamanho família porém para consumo de uma pessoa só. Para uma experiência ainda mais local, o sabor de Nápoles está na Marguerita, com muçarela, tomate e manjericão, cobertura pela qual a rainha Margherita se apaixonou durante a sua passagem pelo sul da Bota, ao lado do marido, o rei Umberto, no século 19. A pizzaria Di Matteo faz a mais famosa da cidade. A fila na porta da casa é famosa também.