casa

A cozinha onde o nada é tudo

Minimalismo de arquiteto bielorusso  encanta o mundo inteiro

Robert Halfoun
Curador


Kanstantsin Remez é um desses caras que vêm o mundo de um jeito diferente. Se há um caminho óbvio por onde ir, ele vai para outro. Em tempos no qual conforto virou sinônimo de aconchego, Kanstantsin investe em ambientes lacônicos, onde o nada é tudo, com foco na forma e não no material que compõe o conteúdo. O resultado estranhamente confortável é resultado de uma composição inigualável de luz e volume que nos faz, sem saber porquê, querer se entregar a atmosfera que ele propõe. “Penso num design de interiores para quem trabalha muito durante o dia e quer relaxar num lugar que seja um convite a calma e uma taça de vinho”, define.

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O acabamento da bancada e do móvel atrás dela parece cimento queimado – só que não. É Corian, um tipo de pedra criada pela Dupont. É resistente e elegante, com textura aveludada

2

O piso, sim, é cimento queimado, que pode ser uma alternativa mais econômica para o ambiente todo. Há técnicas para tonalizá-lo para, por exemplo, torná-lo mais escuro


3

Repare, a posição das janelas revela uma arquitetura comum. O segredo está na maneira como ele equilibra a luz natural, que entra pela frente e pela lateral do ambiente, com os mínimos e focados pontos que vêm dos três spots sobre a bancada e da iluminação embutida acima da cuba e da tampa da pia.

4

O banco de madeira rústica, ao estilo escandinavo, traz o calor da matéria-prima, com o aspecto frio, típico do design nórdico

5

O volume, fundamental para o projeto, vem das nuanças de tonalidade e profundidade do cinza – que num único momento fica preto. Coisa de gênio

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